segunda-feira, 16 de outubro de 2017

EVANGELISMO O SERVIÇO MAIS SUBLIME DA IGREJA.

Romanos 10. 9-16.
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
 Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
 Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
 Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
 Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
 Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?
 E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.

Se nós perguntássemos a alguma criança o que ela quer ser quando crescer, geralmente ela nos dirá. Eu quero ser médico, outra eu quero ser advogado, outro professor e assim por diante.

Pois elas desejam ser estes tipos de profissionais, pois consideram as pessoas que exercem essas profissões o máximo, consideram elas sublimes, tem uma grande estima por esse tipo de profissão, que desejam em algum momento de suas vidas ser um profissional destas áreas.

Mas será que existe serviço mais sublime do que pregar o evangelho?Será que existe recompensa melhor do que ver uma alma destinada a ir para a condenação reconhecer, e se arrepender dos seus pecados, e crer no Senhor Jesus como Único e Suficiente Salvador?

Será que existe maior ato de nobreza do que comunicar, e compartilhar com os outros,  da maior de todas as bênçãos, que é a segurança eterna providenciada por Deus através do Calvário, onde seu Unigênito Filho morreu por nós numa terrível cruz?
Com certeza a maioria das pessoas que experimentaram tão grande salvação, diriam que não existe. Com certeza todos concordarão comigo que esse serviço é o mais sublime de todo o universo.

Mas e na pratica, como igrejas locais como, e como cristãos individuais, como está sendo a nossa atitude? O que nós estamos fazendo?
É fácil dizermos isso, é fácil concordar com a palavra de Deus, é fácil pregarmos isso no púlpito. Mas e nosso dia a dia, e no nosso cotidiano, o que está sendo feito?

Nos cinco primeiros versículos que do nosso texto em consideração podemos observar que Paulo na direção do Espírito Santo de Deus está nos dizendo como ocorre a conversão de um homem ( mulher). Como este obtêm a sua salvação, o maior bem de todo universo.

Versos 9-13 ele nos diz: “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Pois com o coração se crê para a justiça,e com a boca se faz confissão para a salvação. Como diz a Escritura: Todo aquele que crer não será confundido. Pois não há diferença entre judeu e grego; um mesmo é o Senhor  de todos rico para com todos o que o invocam, por que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Ou seja, a salvação só possível, mediante a fé na Pessoa e Obra perfeita que O Senhor Jesus realizou por nós na cruz do calvário, não existe outro meio. O ser humano têm que crer de coração na morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo diante de Deus, e confessar Ele como Senhor pessoal de sua vida perante Deus. Pois todo o crer no
Senhor não será confundido, não será envergonhado, não será desamparado. Seja ele judeu ou grego,  um mesmo é o Senhor , ou seja o mesmo Jesus Cristo que morreu pelos judeus também morreu pelos gregos, pelos negros, pelos brancos, pelos altos, pelos baixos, pelos ricos, pelos pobres, e etc.

Pois Ele é rico para com todos, e esse ser rico que a palavra de Deus menciona aqui e a riqueza do perdão de Deus, que também é mencionado pelo profeta Isaias 55. 7:

 “Deixe o perverso o seu caminho, e o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”.

Deus é rico em perdoar, ele está disposto a perdoar o pecador, a purificá-lo de todos os seus pecados. E muitas das vezes usamos esses textos para a nossa pregação do evangelho, nos púlpitos, e o interessante é que os usamos muitas das vezes para pregar o evangelho nas reuniões da igreja onde à maior parte dos que estão reunidos são crentes, ou pelo menos professam ser.

Mas quantas das vezes esquecemos-nos do contexto dele que é um puxão de orelha em cada um de nós salvos pelo Senhor Jesus Cristo.

O Espírito Santo através destes outros versículos escritos por Paulo aos irmãos de Roma faz quatro perguntas que nos incomodam, ou deveria nos incomodar em relação ao mais sublime serviço da igreja que é a o evangelismo. Alias antes de o Senhor ser assunto aos céus foi à primeira ordem que Ele deu aos discípulos, Mateus 28. 18-20 e Marcos 16. 15.

I. “Como, porém, invocarão aquele em que não creram?...”.

No capitulo treze o Paulo faz uma afirmação dizendo “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”. no verso quatorze ele faz essa interrogação “Como, porém, invocarão aquele em que não creram?”.

Ou seja, como as pessoas invocarão aquele em que não creram. A palavra invocar é o mesmo que chamar em auxilio, pedir ajuda, gritar por socorro. Quando estamos em perigo nos invocamos os meios humanos de socorro por exemplo: bombeiros, policia, equipes de resgates e etc.

Agora porque fazemos isso? Porque sabemos que eles foram treinados para isso, para nos socorrer, eles tiveram um treinamento especial para enfrentar situações delicadas. E nos cremos neles, e nas suas habilidades, confiamos neles a ponto de entregarmos a situação em que nos encontramos nas mãos deles. Mas como alguém fará isso em relação ao Senhor Jesus Cristo se eles não crêem nele? Será que alguém invocará ao Senhor Jesus sendo que não confiam que Ele os pode salvar?

Será que as pessoas que estão caminhando a passos largos para a perdição  se converterão ao Senhor Jesus, entregando suas vidas a Ele, sem depositarem a confiança de seus corações, na realidade da perfeição do Seu sacrifício na cruz?

Mas muitas das vezes nós pensamos que este verso está se referindo a responsabilidade individual de todo ser humano perante Deus ao ouvir o evangelho. Mas não é isso que a palavra de Deus nos está ensinando aqui. Mas sim está destacando a nossa responsabilidade como servos e servas de Deus. Ou seja, as pessoas não pedirão ajuda a alguém, ou não pedirão socorro a alguém em que elas não têm plena certeza de que ele pode a ajudar, de que ele as pode a socorrer. Mas porque as pessoas não crêem no Senhor Jesus Cristo? Então isso nos leva a segunda questão, a segunda interrogação.

II. “E como crerão naquele de quem nada ouviram?...

Geralmente o corpo de bombeiros é chamado, porque sabemos que eles têm capacidade para ajudar na situação de incêndio, ou acidentes.  Procuramos um medico especialista em determinadas enfermidades, porque sabemos que ele é alguém capacitado para lidar com aquele tipo de doença. Contratamos um advogado por que sabemos que ele pode livrar o criminoso de ir para prisão, ou ganhar uma determinada questão de litígio.

Mas em todos esses casos de alguma forma ficamos sabendo informações suficientemente confiáveis a respeito de qualquer pessoa destas áreas, que nos convencem de que elas podem nos ajudar, podem nos socorrer em alguma situação difícil em que estamos. Alguém nos informou sobre elas, alguém nos disse que essas pessoas podiam nos ajudar, podiam nos socorrer.

Mas imagine se pegasse fogo em uma casa, e as pessoas dessa casa nunca soubessem que existe um corpo de bombeiros em sua cidade. Ou se adoecessem, de uma doença seria, mas não existe medico especialista que pudesse cuidar dela, porem esse medico especialista existe, mas ninguém a informou sobre ele. Ou se alguém fosse preso, porque foi confundido com um criminoso perigoso, e ele condenado a morte por causa dessa confusão, mas esse cidadão honesto que teve a ma sorte de se parecer com um delinqüente não conhece um bom advogado que o pode livrar daquela situação. Porem, há poucos metros da cadeia onde ele está preso mora o melhor advogado da cidade. Só que ninguém falou nada a respeito desse advogado para ele, ele nem sabe que este advogado existe.

Assim é o que acontece com milhares de pessoas que não crêem, elas não ouviram nada do que a palavra de Deus ensina sobre o Senhor Jesus Cristo. Elas ouvem o que as religiões dizem, o que os lideres religiosos pregam, o que milhares de falsos profetas propagam pó ai. Mas com respeito à verdade em relação a Pessoa e Obra do Senhor Jesus Cristo eles não ouve quase nada, e o pouco que ouvem é de maneira distorcida.

Então porque elas não crêem Nele? É porque elas receberam ou recebem pouco conhecimento em relação ao Senhor Jesus Cristo. E esse pouco conhecimento e totalmente distorcido muitas das vezes. E isso é porque o que elas tem ouvido não é sobre Ele, mas é sobre religiões instituídas por homens que dizem servir a Ele. É porque muitos querendo somente o dinheiro dessas pessoas estão afastando elas ainda mais da verdade. E o conhecimento que elas têm do Senhor não é um conhecimento verdadeiro, mas falso.

Mas por que elas não ouvem a respeito do Senhor Jesus Cristo? Porque muita informação falsa a respeito Dele é propagada, e muitas pessoas estão sendo enganadas?

Então estes fatos nos leva para a terceira pergunta feita pelo apostolo.

III. “E como ouvirão, se não há quem pregue?

As pessoas não invocam ao Senhor Jesus, porque não crêem Nele, elas não compreende que Ele é perfeito, e completamente capaz de salva-las plenamente.

Elas não crêem Nele porque não tem informação suficiente para que se convencerem dos seus pecados, da sua própria incapacidade de se salvarem, e de que somente em Cristo elas podem encontrara o perdão de seus pecados. Por isso elas não O invocam para serem por Ele salvas da condenação eterna. E elas não têm informações suficientemente claras, porque os que comunicam realmente o que a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada ensina a respeito dele são muito poucos. E diante de tamanha enxurrada de ensinos distorcidos a respeito Dele, ela não sabem no que acreditar. Quase não há quem publica para elas a grandiosa obra redentora, de nosso amado Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Será que isso não nos incomoda? Sabermos que nossos familiares estão indo para o inferno e nos estamos calados?

Que nossos vizinhos estão condenados, e nós podemos ajudá-los a livrar-se da condenação, mas muitas das vezes ficamos estamos quietos?

Que nossos colegas de trabalho com quem muitas das vezes compartilhamos problemas pessoais, de maneira que criamos uma boa amizade com eles, mas eles estão perdidos e nós não falamos nada com eles a respeito do Nosso Salvador?

E no caso de pregar não só com nossas vozes, mas com nosso testemunho, nossas atitudes, nosso comportamento.

Quantas vezes pregamos, mas nossas atitudes, nossas vidas, falam mais altos do que nossas vozes, de maneira que abafam a mensagem do evangelho, impendido que as pessoas vêem Cristo em nós?

 Quantas das vezes queremos levar as pessoas a Cristo, mas na prática nós estamos afastando elas Dele com a nossa conduta?

Quantas vezes nós negligenciamos a nossa grande responsabilidade como servos do Senhor Jesus, de anunciar as boas novas, é o motivo pelos quais ainda muitas pessoas não crêem Nele como Senhor e Salvador de suas vidas?

Quantas vezes estamos em casa tranqüilos, vendo televisão, enquanto milhares estão caminhando a passos largos para o inferno?

Quantas vezes estamos freqüentando as casas uns dos outros, para falarmos de negócios, de empreendimentos, de trabalho, de problemas familiares, de novelas, e o pior ainda para falarmos maus uns dos outros? No lugar de estarmos orando uns pelos outros, de estarmos orando pelos perdidos, de estarmos planejando uma estratégia de evangelização, ou marcando uma hora para evangelizarmos um determinado lugar, ou estarmos distribuído folhetos, ou estarmos orando pelos que estão no serviço, e etc.

Mas então nós passamos agora para a quanta questão.

IV. “E como pregarão, se não forem enviados?”.

Ou seja, se por um lado nós temos a omissão e o mau testemunho, que atrapalha o avanço do evangelho. Por outro lado se tem a deficiência da maior parte das igrejas em perceber a grande necessidade do mundo que jaz no maligno. Uma coisa lastimável.

As pessoas não são salvas porque não crêem. Elas não crêem por falta de informação com respeito a Pessoa Bendita do Senhor Jesus Cristo. Elas não têm a informação porque não há muitas das vezes quem anuncia para elas. E não há quem anuncia para elas porque esses não estão sendo enviados para isso.

E porque, eles não estão sendo enviados para isso?

Ou seja, é Deus quem chama aos seus servos para a obra. Alias todos os salvos são comissionados pelo Senhor Jesus Cristo para pregar o evangelho. Muitos irmãos entendem que isso é responsabilidade somente daqueles que se dedicaram ao serviço exclusivo. Mas na realidade todos nos recebemos esse chamado do Senhor quando nós nos convertemos.

Mateus 28. 19-20,  O Senhor Jesus nos diz: “Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações, batizando as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.”.

Ele não disse que era só para os discípulos fazer mais discípulos de todas as nações, mas também ensiná-los a guardar todas as coisas que Ele os ordenou.
Ou seja, o ide, o fazer discípulos de todas as nações. E como se faz discípulos do Senhor Jesus Cristo. É pregando o evangelho. E esta ordem é direcionada a todos os salvos.

Eu fico admirado com alguns irmãos que falam tanto em obediência ao ensino da palavra de Deus. Principalmente no aspecto de usos e costumes, e não digo isto está errado,  pois se a palavra de Deus assim ensina é para ser obedecido mesmo. Com a Bíblia não se discute se obedece. Mas o caso é que parecem que esqueceram essa ordem preciosa do Senhor Jesus Cristo.

Pessoas estão morrendo sem a salvação, estão indo aos milhões para o inferno, mas não se vê elas orando pelos perdidos, não se vê elas aproveitando as oportunidades, não  se vê elas preocupadas em anunciar a salvação. Então eu me pergunto isso também não e desobediência? Deixar de falar da salvação em Cristo não é desobedecer a uma ordem direta Dele?

É impressionante como alguns dizem que no arrebatamento da igreja Cristo só vai levar os que são “fieis”, os que são “obedientes”, claro que a palavra de Deus não ensina isso. Cristo virá buscar todos os salvos, todos os que realmente o aceitaram como Senhor e Salvador. Mas se este absurdo fosse verdade o tanto de crente que se julga fiel por que não usa bermuda e só calça comprida, que iria ficar por que não obedeceram esta ordem direta do Senhor Jesus Cristo, não tem nem como avaliar. O tanto de irmãs que se julgam fieis por que não aparam as pontas do cabelo, que ficariam para o período da grande tribulação é incalculável, porque não pregam o evangelho não tem nem comparação.

Se deixarmos de pregar o evangelho estamos sendo desobedientes ao Senhor, Paulo mesmo disse que pregar o evangelho é nossa obrigação.

Mas quantas das vezes as igrejas não enxergam isso como obrigação.

E então ela não envia os pregadores. Muita das vezes se entende que enviar pregadores é somente separar um irmão para o serviço exclusivo. E não é só isso.

Deus ele dá o dom, consequentemente ele chama para fazer o serviço. Mas alguém pergunta como Deus chama?

Não é por Sonho, não e por revelação não é por visão sobrenatural.
Deus chama pela sua palavra primeiramente a ordem direta do Senhor Jesus Cristo.

Segundo pela orientação do Espírito Santo, Ele vai despertar o desejo da pessoa, Ele vai incomodar a pessoa diante da grande necessidade que está a sua frente, Ele vai providenciar as oportunidades para a pessoa agir.

Terceiro ele confirmará o chamado através da percepção de irmãos mais experientes.

Mas a igreja tem que enviar os pregadores.
Enviar os pregadores é incentivá-los, apoiá-los, é estar impondo as mãos sobre eles figuradamente falando.

Não se envia um irmão somente através de uma carta de recomendação para o serviço exclusivo. Mas através de incentivo, de apoio moral, espiritual, e até material.
Quando falo sobre apoio material não estou me referindo ao sustento financeiro do obreiro. Não é isso, claro que isso é um apoio necessário. Mas pode apoiar alguém financeiramente com uma mão, e tirar a dignidade dele com a outra. Limitando o ministério dele com ameaças, e restrições sem sentido.

Enviar pregadores é ter um trabalho evangelístico serio na igreja, que abrange a toda faixa etária de pessoas. Homens, mulheres, crianças, adultos, solteiros, casados. Que envolva todos que se disponham a evangelizar os perdidos. E investir em oraçãos pelos que evangelizam, e apoiá-los moralmente quando são perseguidos, ou frustrados. A supri-los com material necessário, para a capacitação pessoal deles, e também para o serviço de evangelização que desempenham, e etc.

Já vi na minha pouca experiência um irmão sentir o desejo de visitar a pessoas descrentes para pregar o evangelho. Ma ai ele não tem experiência e no caso comete erros, devido a sua falta de experiência, no lugar dos irmãos mais velhos no evangelho o ajudarem no serviço, acompanhando-o e aconselhando-o, geralmente o critica e até o repreende asperamente levando jovem irmão ao irmão ao desanimo.

Já vi de um jovem chamar um ancião para evangelizar, e este diz não, mas depois que o jovem foi sozinho, o ancião o criticou dizendo que o jovem fez errado, pois o Senhor Jesus mandou ir de dois em dois.

Quando alguém começa a despontar no evangelho, tendo o desejo de evangelizar os perdidos, alguns ficam com ciúmes, e no lugar de o apoiarem, ficam caçando uma oportunidade para rechaçar o ministério do irmão.

Devemos orar pelos que pregam o evangelho, devemos da suporte, a eles devemos ajudá-los no que precisarem.

Já ouvi o absurdo de um irmão procurar os presbíteros da igreja, para pedir recursos financeiros para comprar folhetos para distribuir na cidade onde ele morara, e um dos presbíteros dizer que o dinheiro da igreja não era para isso. Se não é para aquisição de material para evangelizar os perdidos, para que é o dinheiro que é levantado em uma igreja através das ofertas voluntarias dos irmãos? Fiquei chocado com esta informação.

O pior é que muitos se perguntam porque nossas igrejas não crescem? É porque temos visto a musicalidade, as agitações sem sentido, os movimentos histéricos, erroneamente chamados de momento de louvor, tomar o lugar do mais sublime serviço da igreja, que é o evangelismo serio, e conciso que procura apresentar ao pecador perdido, o Cristo Crucificado como único meio de salvação.

Temos visto casas cheias, de cantores, cheias de barulho, de movimento, mas vazias de pessoas que realmente foram salvas por Cristo, e que realmente estão comprometidas com Ele, sendo reais instrumentos nas mãos Dele para a salvação dos perdidos.

Que Deus nos ajude a valorizar o mais sublime serviço da igreja que é o pregar o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, que é o poder de Deus para a salvação de Todo aquele que crê, Romanos 1. 16.












segunda-feira, 17 de julho de 2017

OS CONSELHEIROS DE JÓ.

Por: Adonias Gonçalves.

Jó 2. 11-13: Romanos 15. 14: 1Corintios 12. 25.

O sofrimento humano é uma realidade que atinge em cheio as pessoas em qualquer lugar, independente da sua posição social, intelectual ou financeira. Até mesmo nós os crentes, não estamos livres da presença do sofrimento que nos rodeia quer seja pela falta de uma boa saúde, que pelas circunstancias a nossa volta.

Muitos crentes, ainda que não sogram por causa do pecado, estão pecando por causa do sofrimento e suas consequências. Alguns estão perdendo a esperança e fraquejando na fé por não conhecerem que do sofrimento humano podem surgir novas experiencias com o Senhor que é o Deus da consolação (1Corintios 1. 3).

Uma das grandes necessidades da igreja neste inicio do Seculo XXI é a ausência de conselheiros espirituais capazes. Homens e mulheres movidos pela compaixão conseguem levar consolo de Deus a corações feridos e almas abatidas pelo sofrimento. Onde estão tais pessoas? Por que é tão escasso esse ministério na igreja moderna?

Quero convidar o querido leitor a um passeio pelo Livro de Jó, onde veremos os perfis daqueles que um dia se apresentaram como conselheiros deste grande servo de Deus do passado. Vamos nos deter na ineficácia de Bildade, Elifaz e Eliu, como experiencias negativas de aconselhaemnto, e ao mesmo tempo buscarmos orientação bíblica para conduzir o ministério de aconselhamento espiritual de forma Bíblica, centralizada na vontade de Deus.

Os conselheiros espirituais devem ser homens e mulheres que possuam experiencias intimas com Deus, caso contrario, toda eficiência de tal esforço estará comprometido. É necessário que os conselheiros espirituais possuam três qualidades básicas.

1. Conhecimento da soberana vontade de Deus.
2. Sabedoria concedida por Deus e conhecimento da Sua Palavra.
3. Interesse e boa vontade para com os outros crentes.

I. CONSELHEIROS QUE NÃO SABEM CONSOLAR ( Jó 2. 11-13; 16. 1-5).

Bildade, Elifaz e Zofar devem ser admirados pro algumas razões: Primeiramente eles foram visitar Jó com a sincera intenção de conforta-lo (2. 11). Segundo reconheceram o intenso sofrimento de Jó e imaginaram que a melhor coisa era se calar (2. 12-13). Terceiro foram diretamente a Jó. Não ficaram comentando pela vizinhança a desventura de Jó.

1. O proposito de consolar, Jó 2. 11-13.

Uma pergunta que é peculiar quando vemos um irmão sofrendo é a seguinte: "o que fazer?". A primeira coisa a fazer é reconhece que Deus é o Deus de toda a consolação (2Corintios 1. 3-4). Só ele tem esta capacidade.

2. Os problemas dos amigos de Jó, Jó 16. 1-5.

Observe querido leitor que a avaliação feita por Jó sobre seus três amigos revelou todo o fracasso daquela visita. Jó exclama:"Pobres consoladores são vocês todos!"-NVI. Jó havia acabado de ouvir Elifaz (Jó 15. 1-35), que assegurou estar transmitindo o consolo de Deus (15. 11). Jó contradiz sua alegação. Conselheiros que não sabem consolar não conseguem atingir um coração ferido.

II. CONSELHEIROS MOVIDOS PELA FALSIDADE (Jó 21. 34).

Se o conselheiro se encontra na mesma situação do aconselhado o aconselhamento não poderá ter exito. O dilema dos amigos de Jó era imenso pois eles viam naquilo que acusavam o sofredor Jó o mesmo que permitiam em suas vidas e desse jeito não podiam ajudar a Jó com sinceridade.

a) As deficiências de Bildade, Elifaz e Zofar, Jó 6. 14-23.

Tudo o que Jó necessitava naquele momento era ter sua fé fortalecida (6. 14), pois ele corria o risco de ter se esquecer do temor do Todo Poderoso. Cheio de desolação, Jó os compara ironicamente a riachos de sua região que com a geada possuíam muita água (6. 16), mas na seca desapareciam (6. 17). Quantos são assim! Não se lembram de resolver suas próprias questões antes de saírem para resolver as alheias.

Os três amigos de Jó interpretaram o imenso sofrimento deste justo servo de Deus como punição divina. Eles temiam consolar alguém que estava sendo castigado por Deus (6. 21). Conhecendo suas intenções, Jó deixa claro que não queria o dinheiro deles (6. 22) e nem mesmo alguma atitude heroica da parte de tais homens (6. 23). Tudo o que Jó desejava era ser consolado em meio ao temporal pelo qual passava. Um pouco de alivio...

b) Mais um problema de Bildade, Elifaz e Zofar, a falsidade, Jó 6. 24-30; 21. 34.

Os três haviam criticado severamente as palavras que Jó havia pronunciado em meio ao desespero. Ele então os desafia a uma observação mais profunda e cuidadosa acerca do problema (6. 24-28). Jó apela para o bom senso e para a sinceridade que deve fazer parte daquele que propõe a aconselhar. A certeza da sua integridade era patente na mente deste grande servo de Deus (6. 29-30).

III. CONSELHEIROS INSENSATOS (Jó 12. 1-6).

Observe, prezado leitor que os três amigos de Jó estavam seguros de si mesmos. Por exemplo, Elifaz estava seguro de sua grande experiencia, ao passo que Bildade estava seguro de sua tradição, e por fim Zofar estava seguro de sua posição. Na avaliação de Elifaz, se Jó não estivesse em pecado não estaria naquela situação. Esse é o conceito moralista, religioso, frio e insensível. Na avaliação de Bildade jó devia estar em pecado por isso estava sofrendo. Esse é o conceito do legalista religioso. Para Zofar Jó estava em pecado, por isso sofria tanto. Esse é o conceito do dogmatismo religioso sempre pronto a emitir suas conclusões acerca dos problemas alheios.

Os três estavam tão certos do seu amplo entendimento espiritual que Jó se vê obrigado a ironiza-los que responde: "Sem duvida vocês são o povo, e a sabedoria morrerá com vocês" (12. 2- NVI). Aqui Jó esta respondendo a afirmação de Zofar feita um pouco antes (11. 6).

IV. A POSIÇÃO DO CRENTE DIANTE DE DEUS (Jó 13. 3-4).

Na medida em que a confiança nos pretensos conselheiros foi diminuindo, a confiança em Deus foi aumentando mais e mais. Jó os censura duramente (13. 4-5), pois como médicos da alma (13. 4) eles haviam falhado no processo de cura. Foram ineficazes e não puderam ajudar.

Jó indaga-lhes se pretendiam apresentar a falsidade de suas acusações como verdade diante de Deus (13. 6-8). Ele não se esquece de lembra-los que fazendo assim, Deus o verá (13. 9) e os repreenderá (13. 10). Zofar, Bildade e Elifaz possuíam um grande problema: seus argumentos eram fracos demais, pois Jó os declara: "As máximas que vocês citam são provérbios de cinza: suas defesas não passam de barro" (Jó 13. 12- NVI).

V. CONCLUSÃO (Romanos 15. 14).

Concluindo nosso "passeio" pelo Livro de Jó devemos considerar que o ministério do aconselhamento espiritual que não leva consolo e abrigo ao aflito e que não busca a solução de Deus, não é eficaz. Precisamos considerar também que todo o conhecimento humano e todas as experiencias de vida não são suficientes para o exercício do aconselhamento.

Olhe a sua volta. Observe que quem necessita de consolo e aconselhamento. Busque sabedoria de Deus para ajudar aqueles que sofrem. Os motivos para o sofrimento humano são diversos; porem a solução, amparo e consolo vem de uma unica fonte - Deus.


Extraído do Boletim Informativo IDE de 2010 pag. 18.